sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ABSTRAÇÃO

TÃO HUMANOS
Ganância.
Exploração.
Censura.
Canalhice.
Soberba.
Violência.
Intolerância.
Inveja.
Preconceito.
Egocentrismo.
Este último acomete a humanidade em quase sua totalidade, ou seja, dos 7 bilhões de habitantes, creio eu, são poucos os que não são egocêntricos ensimesmados nos respectivos umbigos podres. E porque será que possuem o egocentrismo entranhado em seus hemisférios cerebrais?
Não sei responder esta pergunta ao certo.
Sei que eu também faço parte dos 7 bi e todos aqueles substantivos - que de abstratos são somente semanticamente - podem ser aplicados a mim. 
O que é de um... "mais do mesmo". 
Porém, eu fazer parte não me imiscui de tecer considerações acerca de algumas 'características' tão humanazinhas. Critico mesmo e que foda.
Afinal, para se ter um mínimo de lucidez se faz necessário uma crítica aos meus companheiros de convivência e a mim também. Só para contrapor os 'fodões, os melhores, os campões, os mortos de querer sempre estarem acima'. O que importa aos campeõs, aos donos, aos patrões, aos puxa-sacos é consiste em chegar ao topo.
É uma pena, porque estas críticas não mudam nada. Expressões tão-somente.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

VIOLÊNCIA, CANALHICE E VERGONHA

O CAPITALISMO TRIUNFA; TEM QUE MELHORAR
Bem que o tal conceito de mais-valia - como o Carlos Marx definira acertadamente - se aplica à perfeição ao capitalismo moderno (?) que sempre está se renovando (?) em busca de novos ganhos, em busca de novas explorações para que ele - o capital - sobreviva e viva às nossas custas.
Não, aqui não cabe aquele papel, hoje idiota e retrógrado, dos esquerdistas do final dos anos 60 em que o embate entre capitalismo e comunismo estava em voga; mesmo porque o comunismo se demonstrou um grande fracasso, vide a União Soviética e Cuba; lá na ilha a liberdade de expressão é censurada, então, que socialismo é este?
Ser esquerda hoje não é pregar contra a existência do capital, necessariamente, mas que ele seja mais humano, mais democrático, mais igualitário em termos de oportunidades. Só que a violência contra os que não se coadunam, por alguma maneira, ao modus vivendi logo é enxergado com uma carga de intolerância.
Não? Ingenuidade dizer/crer que o capitalismo inclui todo mundo. Porra nenhuma.
Bem, e a violência contra os mais pobres?
E contra os gays? 
Contra os índios? Deficientes? E os animais?
Estes grupos hão que se organizar politicamente, já, porque senão a vergonha que lhes é impingida e aos que possuem o mínimo de respeito, não cessará. 
Quem não vê os assassinatos de gays? O suicídios dos índios no Mato Grosso do Sul? A matança de animais (para 'acalentar' nosso ego narcísico e soberbo)?
Negros e mulheres vêm se articulando desde a década de 1950 e conseguiram consideráveis avanços. O Barak está aí, a Roussef também... Só para citar exemplos aleatoriamente.
E a canalhice que governos cometem todos os dias contra nossos salários?
Roubalheira, posso dizer. 
Fora toda a classe prepotente, seja qual for a prepotência exercida.
Jesus Cristo é meu refúgio. Ele está lá, aqui, aí... Vendo tudo.
Quanta vergonha!
Quanta canalhice!
Eles devem achar lindo perpetrar tais matanças (nós todos sabemos quem são eles...).

MAIORES EM 2008

> PIBs MUNICIPAIS
Um rol pequeno do enorme 5.565 dos maiores, aqueles que + produziram; os PIBs municipais. São Paulo, primeiro lugar claro, detém 11,78% de tudo que foi produzido no Brasil em 2008 - que somou, arredondando R$ 3,031 bilhões [ou R$ 3.031.864.490.410]. Os dados são do IBGE e os valores expressos em bilhões de reais:
01) São Paulo - 357.116.681,3 (R$ 357.116.681.330 bilhões)
02) Rio de Janeiro - 154.777.300,5
03) Brasília - 117.571951,7
04) Curitiba - 43.319.254,0
05) Belo Horizonte - 42.151.107,7
06) Manaus - 38.116.495,4
07) Porto Alegre - 36.774.703,9
08) Duque de Caxias - 32.266.475,6
09) Guarulhos - 31.966.247,0
10) Osasco - 30.024.366.,2
11) São Bernardo do Campo  - 29.872.572,0
12) Salvador - 29.688.442,2
13) Campinas - 29.363.064,2
14) Campos dos Goytacazes - 29.125.709,2
15) Fortaleza - 28.350.622,4
16) Barueri - 26.994.699,7
17) Betim - 25.314.345,6
18) Santos - 24.614.406,1
19) Vitória - 22.694.461,3
20) Recife - 22.452.491,7
21) São José dos Campos - 20.718.594,7
22) Goiânia - 19.457.328,2
23) Belém - 15.316.130,1
24) Jundiaí - 15.106.548,9
25) Contagem - 14.869.759,0
Piracicaba, também no estado de São Paulo, com R$ 8,85 bi, ocupa a 46ª posição; maior que algumas capitais também maiores em população: Natal, Florianópolis, João Pessoa, Teresina, Aracaju e de outras capitais como Porto Velho; este valor é maior também que algumas cidades que possuem população maior que a de Piracicaba: Nova Iguaçu (RJ), São Gonçalo (RJ), Londrina (PR), São José do Rio Preto (SP), Jaboatão dos Guararapes (PE), Feira de Santana (BA), Vila Velha (ES), Campina Grande (PB), Ananindeua (PA), só para 'citar' (rsrsrsrs).
Lista completa dos 5.564 + Brasília no link aí embaixo.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

CENSO 2010 - RESULTADO FINAL

Ainda não somos 200 milhões
Somos agora 190.732.694 de brasileiros habitanto do Caburaí ao Chuí, de Contamana, a Ponta do Seixas; sem esquecer claro das "possessões" no Atlântico: Fernando de Noronha, Trindade, Martim Vaz, Rochedos de São Pedro e São Paulo, e Atol das Rocas.
Toda esta população está distribuída de forma irregular pela terra brazilis com o litoral densamento povoado em quase sua totalidade enquanto o interior restante possue ilhas de forte adensamento populacional, como Brasília/Goiânia, Campo Grande, Manaus, Londrina/Maringá e alguns outros. O interior do Estado de São Paulo é um caso à parte porque todo este território tem uma média acima da nacional com cidades várias com mais de 300 mil habitantes, sendo que 5 têm mais de 500 mil. A Região Metropolitana de Campinas, por exemplo, contabiliza quase 3 milhões de habitantes.
O Estado de São Paulo (que sofre forte preconceito, genericamente falando, por parte de outros Estados...) continua a manter a liderança no total da população.
Vai a lista das 27 UFs:
01) São Paulo - 41.252.160
02) Minas Gerais - 19.595.309
03) Rio de Janeiro - 15.993.583
04) Bahia 14.021.432
05) Rio Grande do Sul - 10.695.532
06) Paraná - 10.439.601
07) Pernambuco- 8.796.032
08) Ceará - 8.448.055
09) Pará - 7.588.078
10) Maranhão - 6.569.683
11) Santa Catarina - 6.249.682
12) Goiás - 6.004.045
13) Paraíba - 3.766.834
14) Espírito Santo - 3.512.672
15) Amazonas - 3.480.937
16) Rio Grande do Norte - 3.168.133
17) Alagoas - 3.120.922
18) Piauí - 3.119.015
19) Mato Grosso - 3.033.991
20) Distrito Federal - 2.562.963
21) Mato Grosso do Sul - 2.449.341
22) Sergipe - 2.068.031
23) Rondônia - 1.560.501
24) Tocantins - 1.383.453
25) Acre - 732.793
26) Amapá - 668.689
27) Roraima - 451.227
Mais dados naquele (meio) confuso sítio do IBGE.

sábado, 18 de dezembro de 2010

034 - SÃO DOZE MESES; OS TRABALHOS MAIS

"Uma vez eu li em uma pesquisa publicada em uma revista americana de psiquiatria um 'Tratado sobre o suicida: fim de ano e fim do dia'. Sério. Aumenta muito a porcentagem de pessoas que se matam agora no fim do ano; começa em setembro e atinge o ápice agora em dezembro.
Será que é porque as pessoas se apercebem que não realizaram o que haviam desejado - e querido - lá trás. Lá em janeiro.
E eu que já vi tanto janeiro de anseio plural, fevereiro do carnaval, março fechando o verão, abril de chocolate, maio do outono...
O Simão diz que não é para me preocupar com esta época, para eu não ficar eivado de pensamentos meio tortos. Quais seriam uma vez eu perguntei para ele.
--- Cara, tenho para mim que você parece que não tem apreço à vida, às coisas aqui deste planeta capitalista, cheio de mais-valia na veia de todos nós. Não dá para ser assim. Porque eu sei que é foda toda esta parafernália inventada pelo homem que consome a gente. Eu não gosto, ainda que eu dependa de... Do dinheiro que vem difícil, quer dizer, hoje até que me vem fácil. Então, pare de pensar que vale mesmo é ficar com estes pensamentos tortos. Conhece o significado da resignação? O significante também? Torto você quase ficou naquele dia no armário. Não adianta Duílio... Encara de frente, não se pode ser assim tão frágil a ponto de não querer mais o que... seja o que for.
Ele nunca me falou o que era este mais o que. Disse que eu deveria saber.
E eu sei? Acho que sei... Quero condições diferentes para o mundo, para os homens. 
Sim eu sei.... Quando eu uso tudo aquilo eu fico assim, pensando na falência, no fracasso de mim mesmo e daí, para o fracasso da gente, de todos.
Tem jeito?"
Vagava pelo parque perto de sua casa com as pernas doídas de tanto acordado permanecer.

domingo, 12 de dezembro de 2010

033 - AINDA NA MANHÃ

Tudo parecia bem longe... o ruído ele ouvia de longe, abafado, como um som surdo distante. Caminhava para o meio-dia e ele entraria no trabalho logo mais às 14h.
"O que eu faço? continua aqui... Ou não?"
As dúvidas, de montes andinos, o atormentavam toda vez que isto acontecia. Sofreria ele de paranoia? O amigo Simão dizia toda vez para ele diminuir um tanto o consumo porque deste jeito teria que internar em uma clínica psiquiátrica. E incrível como ele nunca achou que pudesse chegar a este ponto porque neste ponto parecia não haver retorno. 
"Preocupação. E agora, ainda escuro aqui. O sol lá fora dominado tudo, ardendo feito brasa. Tenho que sair".
O telefone tocou na hora. Simão do outro lado vociferando coisas ininteligíveis para alguém com quem falava no outro telefone
Finalmente, a atenção que precisava.
"--- Saia do armário. Sei que você está aí. Tem o trabalho cara.
--- Não consigo.
Será que ele vai vir me ajudar? Às vezes me sinto como se sobrevivesse e que o condutor para uma realidade nada de carochinha é o Simão. Eu acredito em tudo. Nas pessoas. Nas instituições e talvez por isto fique assim, ao leú, ou melhor paranoico quando me deparo com esta porra de realidade. Bem que o Simão diz que 'quem disse que era fácil, que as pessoas são de bem, que ninguém é canalha e que o mal não vence... mentiu'
--- Acabei aqui. Estou indo te salvar. Não faça nada"
Parece que a solução real chegaria em minutos.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

032 - NA MANHÃ CINZA

Dentro do receptáculo do grande armário embutido, Duílio resolvera ali passar toda a manhã - na verdade, desde a madrugada - para que não pudesse resvalar nenhuma nesga de sol adentro. Não havia sol, porque o céu dominante estava mais para marujo que para brigadeiro. O telefone celular dentro da mão direita todo molhado pelo supr que escorria apertava-o freneticamente.
Esperaria uma ligação de simão com o bálsamo que era ouvir a voz do amigo de todas as horas e dos momentos delicados. 
Quando chegou em casa vindo de um 'lugar' bacana do Jardim Paulista, passaram antes em Vila Monumento e pegaram o que deveriam não ter pego; ao menos então, deveriam ter comprado mais cedo, quando ainda era noite do dia anterior.
Rodaram 200 quilômetros dentro da cidade, indo para lá, para cá... Beberam e fumaram. E conversaram sobre a filosofia dos homens que oprimem aqueles que por alguma razão mínima ou máxima são diferentes. Citando a música do poeta, Simão lhe falou que as semelhanças prevalecem porque todo mundo é meio parecido quando sente dor. 
Exato. A dor que agora sente, como Camões, não tem conserto. Sua cabeça martelava e as pernas dobradas começavam a formiga. Seu pau, apertado entre elas e os bagos dava sinais de desespero.
Escuro, a chave de casa no bolso do shorts, peça única. 
Ainda eram 7h45 da manhã e o gris lá fora mantinha tudso dominado. Emputeceu-se porque lembrara que o isqueiro quedava-se longe dele... Quer dizer de dentro de onde estava; o cigarro apagado entre os dedos da mão esquerda se umedecera.
Suava; e o suor escorria pingando de seus suvacos cabeludos, nas costas ia descendo e no bigode pôde sentir o salgado da química que o corpo produzia.
"Porque ele ainda não ligou? Acho que conseguiu dormir... Bom, grande sorte dele".