sábado, 31 de outubro de 2009

CONTO

Tem sido o meu preferido até a chegada do último. Eu gosto muito dele.
Vou variar um pouco e hoje deixando de lado política, história, as aflições, o cotidiano, esportes, Palmeiras e tudo mais e publicar um trecho de um conto escrito algum tempo. Nesta década. Como o blog é fazer jornalismo literário nada então se enquadra (da maneira que o leitor bem entender) mais afim que falar sobre o que escrevo. Nada publicado. Ainda.
Sei que o mercado é difícil e os contactos são mais restringidos.
Mas aqui vai. E, olha, foi difícil selecionar um conto. Mais o mais foda foi pinçar um trecho. Ah, a censura interna, não é (risos)?
Então, sem encher lingüiça, está aí.
Nunca tinha escrito nada sobre o carnaval porque penso por vezes ser clichê. Mas e aí se é? Qual problema?
Uma identificação maior com o samba tão presente no Brasil e em São Paulo e um tanto menos em mim.
Sinopse rápida:
A história se passa semanas antes do desfile de carnaval centrado em um presidente de escola favorita que perdera os filhos há pouco tempo. Um cara triste porque pensa que é assim que deve ser, rende-se a um fato do filho morto narrado pelo sobrinho que o faz mudar de idéia acerca de seus conceitos. E chega o dia da apuração.
"...E, em se tratando do conselho... Consistia em 10 membros heterogêneos em vários aspectos.
Os mais decanos possuem uma posição perigosa no que se refere às mudanças como esta da bateria, quesito tão tradicional em qualquer escola.
A bateria nota 9,5 em 2006 causou impacto.
Até hoje este 0,5 ponto perdido foi porque o maestro reticente era em promover a famosa evolução no recuo que todas as outras fazem.
Parente de um anterior fora convencido ao longo do ano que a evolução tinha que ocorrer.
Argumento de convencimento foi que em dois anos como mestre da bateria ele já teve um 9,5. Imperdoável.
Seu cargo ficou na corda bamba em ultimato até julho.
Curvou-se e acabou por gostar da idéia e promoveu um recuo bem ensaiado e em seu entendimento inovador.
E há que se registrar que a bateria conta com 40% de mulheres, índice inigualado por nenhuma outra.
Um dos componentes do conselho havia sido presidente na gestão anterior o que era previsto nos mecanismos estatutários da escola.
Todo presidente ao findar seu mando tornar-se-á conselheiro por mais cinco anos subseqüentes.
O cara é o seu grande aliado nestas pendengas.
Sabia de cor todo o estatuto da escola, era sobrinho-neto do fundador, integrante da comissão de frente.
Por isto escrevia no jornal distribuído na comunidade que ficava sob sua responsabilidade. Tido como “liberal” dentro da escola apoiou em 2003 a inclusão de uma ala destinada aos gays, homens e mulheres.
À época, o taxaram de homossexual, de vendido e outros tantos adjetivos indizíveis que alguns heteros, talvez os mal resolvidos, insistem em colocar de forma pejorativa.
E ele, resolvido e tanto na questão da orientação sexual pouco se importou, banco, peitou e conseguiu que ala “sobrevivesse”.
Hoje, está integrada com o restante.
Óbvio, que o preconceito ainda existe só que a ala fazia muito sucesso com o público e foi a primeira a incluir a minoria gay explicitamente.
O que não ficou restrito à mídia segmentada, a cobertura trouxe visibilidade maior à escola.
Canais de TV aberta e fechada destacaram o fato.
Até mesmo um partido da esquerda operária navegou na questão afirmando que políticas de inclusão sociais de minorias também se fazem pela alegria.
“E o carnaval, símbolo máximo da brasilidade, obrigatoriamente não pode nem deve excluir qualquer estrato social, incluindo-se os homossexuais, que todos sabem, são vítimas de exploração insidiosa e de preconceito.”, constava no jornal panfletário 10 mil exemplares distribuídos em portas de fábrica, escolas secundárias, bancos e universidades.
E já na seguinte 4ª de cinzas.
As três gralhas costumam fazer barulho nas reuniões... E acabam votando em prol de seu interesse. Lógico que uma delas tem uma perspicácia exacerbada e sente como os conselheiros irão votar.

Mesmo que se oponham ou ceticamente dêem de ombros, na votação, que é secreta, elas tendem a votar em conjunto.
Uma espécie de misoginia às avessas contra os abutres masculinos.
Ele crê que por serem minoria de menos de 1/3 elas se sintam pressionadas. Minoria no gênero elas compõem a maioria na etnia: negras como outros três companheiros.
Portanto, as deliberações estão equacionadas no que concerne a atos de racismo, intoleráveis dentro da escola, porque o diretor-presidente é branco, o que não ocorria desde 1980 (e que governou somente 13 meses) e único reeleito.
Mas tem que governar com a maioria negra no conselho. Veladas mesmo, somente as diatribes ditas por uns contra outros. E os outros contra uns.
Nato do ser humano e novo como andar para frente.
E quanto a isto ele nunca teve problemas sérios. Estão do mesmo lado para mudar o sistema de votação: de secreto para aberto, registrado em ata.
Brasília deveria tentar algo semelhante.
A secretária, toda prosa quando estrangeiros visitam a Unidos porque a ela é dado o ato de ciceroneá-los, participa sem direito a voto.
Idioma falado não é só aquele de Shakespeare não. Dante, Cervantes, Goethe, além do “atávico” camoniano.
Já virou piada na escola como ela mesma se referia: uma autêntica qüinqüelíngüe.
Muitos quando da palavra proferida disseram um retumbante “hã, como?”.
Qüinqüelíngüe, ela repetia: ela fala quatro idiomas além do português. Italiano, espanhol, alemão e inglês.
E se ela aprender o francês vai ser hexalíngüe? Permanece no cargo há seis anos.
É uma das que recebe salário juntamente com os seguranças e ajudantes de serviços gerais e cargos de chefia porque a ele não é dado o costume de requerer trabalho voluntário.
Dos 11 sim porque assim reza o estatuto.
Seja bem dito que todos os conselheiros exerciam influência, que se não absoluta é considerável com relação aos integrantes. Considerável sim, comparável à exercida pelo “rei” não."
Valeu.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

MARE NOSTRUM - I

ROMA, NOSSOS ANTEPASSADOS DO LÁCIO QUE NOS FORJARAM: O MUNDO OCIDENTAL
Escrever sobre o nascimento e a subseqüente história de Roma lá no longínquo ano de 753 a.C. requereria anos de estudo em universidade e coisa e tal. Não sou historiador, sociólogo ou antropólogo. Apenas mais um admirador da vasta civilização formada no entorno do mar Mediterrâneo e que alcançou o mar do Norte, o mar Negro e por um período de tempo, o Cáspio localizado na Ásia Central.

Roma foi fundada como uma monarquia, que passou à República e que se tornou império novamente. Durante os quase 600 anos que a civilização romana se iniciou e dominou boa parte do mundo conhecido foram gestados costumes, heranças “modus vivendi” e “modus operandi” que perduram até hoje. Para usar um exemplo bem clássico – mas não único – temos hoje o que é nosso direito baseado no Direito Romano.
Claro, fui econômico no tanto que Roma nos deixou como legado porque o idioma latino, creio, seja mais preponderante de todos (literatura, militaria, história, escultura, costumes...)
E vou voltar ao assunto em breve.

Mas ainda fazendo algumas considerações, o século de ouro do Império se deu em um período de aproximadamente cerca de 160 anos ou mais; que vai do século I (Trajano é o grande nome e Adriano, seu sucessor dotado de rara inteligência) se estende pelo século II até um tanto pouco do próximo. Da Síria até a Britânia (com a capital Londinium fundada pelos romanos), da Mauritânia Tangitana até a Dácia (quase na Ucrânia nas fronteiras de hoje), passando pela planície húngara, pelas quase desabitadas terras do Épiro, pelo arenoso Egito e Arábia, os governantes souberam por um bom tempo amalgamar todos estes povos tão díspares entre si.
Roma (para mim ao lado da Grécia Antiga) é a civilização que forjou/moldou o que é hoje a civilização ocidental (para o bem e para o mal). Um verdadeiro entusiasta se encontra aqui. Os romanos foram os senhores do mundo.

(a legenda do quadro está logo aqui nos marcadores de postagem)

sábado, 24 de outubro de 2009

NO INTERIOR URBANO DO CONTINENTE BRASIL


81 MUNICÍPIOS COM MAIS DE 300 MIL
Acho que em todo lugar do mundo as capitais de suas respectivas unidade político-administrativas sejam quais forem “cooptam” a mídia e atenção tensa dos habitantes destes seus lugares e de outras plagas (esta é meio antiga...). É assim na maioria dos lugares: seja na China, do Tibete a Xangai; na Austrália do deserto ao ‘satélite’ Tasmânia; na África do Sul do Cabo ao Limpopo; em Omã de território arenoso; do ‘inabitado’ Épiro ao Colosso de Rodes na Grécia; do retângulo português do Minho ao Algarve; do enclave báltico Kalinigrado ao extremo leste lá Vladivostok na imensa Rússia esparramada. Podemos citar ainda a Argentina, o Gabão, a Espanha, a Itália, o Japão e tantos outros: México, Sérvia, Marrocos, Romênia, Fiji e, evidente, a populosa Índia.
E aqui na RFB (República Federativa do Brasil) não poderia ser diferente. O grande exemplo que foge à regra (não 100%) é os Estados Unidos e em menor escala o seu enorme vizinho, o Canadá. Verdade, senão vamos dar uma olhada nos EUA. Nova York não é capital do estado de mesmo nome; Los Angeles não é capital do ‘país’ Califórnia, Chicago não é a capital de Illinois e, catatônicos todos vós fiquem, Miami não é a capital da Flórida (pela ordem: Albany, Sacramento, Springfield e Tallahassee).
Retomando sobre a RFB. Nos 26 Estados do Brasil, apenas em dois a capital política não é o maior centro urbano/comercial/industrial: Santa Catarina onde Joinville supera a capital Florianópolis e no Espírito Santo onde Vitória é o 4º maior município depois de Vila Velha, Serra e Cariacica. Excetuei o Distrito Federal por razões conhecidas.
Mas nos outros 24 a padrão é seguido à risca.
E como escrevi no começo, estas capitais recebem – para o bem e para o mal e merecedoras ou não – as luzes de modo geral da mídia, do empresariado e do Governo.
E o imenso interior do país-continente? Cidades pequenas apresentado atraso tecnológico, bastiões do conservadorismo, despreparadas e atrasadas culturalmente?
Que nada! Estes fatores estão se distanciando.
Mais uma vez, recorro ao site IBGE (um pouco confuso) para relatar alguns dados de estimativa de população e os números dos PIBs municipais.
Como já escrevi, o Brasil tem, segundo as estimativas de 2009, 81 municípios com mais de 300 mil habitantes. Uma cifra bastante razoável, porém mal distribuída, como também veremos. Então para arrematar o artigo anterior, vamos destrinchar (não à exaustão, claro), dentre estes 81, os 28 que se situam no interior do país. É... Aquelas que para muitos das capitais não passam de lugares povoados de caipiras.
Campinas, por exemplo, a “capital” do Interior do Brasil tem mais de 1 milhão de habitantes o que a torna maior que nada menos 14 capitais estaduais (São Luís e Campo Grande, só para citar duas), sendo a terceira do Estado de São Paulo.
Pela ordem, os 15 maiores:
01- Campinas (SP) 1.064.669
02- Uberlândia (MG) 634.345
03- S. José dos Campos (SP) 615.871
04- Feira de Santana (BA) 591.707
05- Sorocaba (SP) 584.313
06- Ribeirão Preto (SP) 563.107
07- Juiz de Fora (MG) 526.706
08- Londrina (PR) 510.707
09- Joinville (SC) 497.331
10- Campos (RJ) 434.008
11- S. José do Rio Preto (SP) 419.632
12- Santos (SP) 417.098
13- Caxias do Sul (RS) 410.166
14- Campina Grande (PB) 383.764
15- Piracicaba (SP) 368.843
A distribuição pelo país destas cidades segue consoante muitos outros aspectos, a liderança de São Paulo, encabeçando a lista com 12 delas em seu território (mais Bauru, Jundiaí, São Vicente, Franca e Guarujá). O Paraná, vice, com quatro (mais Maringá, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa) é o único Estado em que as quatro posições logo após a capital se encontram no Interior; Minas Gerais emplaca três (mais Montes Claros). Bahia (mais Vitória da Conquista), Rio de Janeiro (mais Petrópolis) e Rio Grande do Sul (mais Pelotas) com dois cada um. Fecham a lista Santa Catarina, Paraíba (a ‘estrela é Campina Grande, capital do Sertão Nordestino) e Goiás (Anápolis).
Um rápido olhar permite que constatemos que os Estados menos populosos e/ou que apresentem macrocefalia (situação em que a capital política supera em muito qualquer outro município do Estado) estão fora da lista. É o caso do Amazonas onde Manaus, com mais de 1,7 milhão, detém quase 50% da população total e Parintins, a segunda colocada não chega a 120 mil; assim também o ocorre como Ceará, Mato Grosso do Sul, Roraima e Piauí dentre outros. Para se ter uma idéia, no caso do Piauí, a segunda maior cidade do Estado, Parnaíba, tem 146 mil habitantes e Teresina, a capital, 805 mil. Na terra de Ceci e Peri o exemplo fica mais gritante. Fortaleza, com mais de 2,5 milhões não tem rivais: Juazeiro do Norte, a maior do Interior, 250 mil.
Estes adensamentos de gente homo sapiens pelo Brasil promovem uma descentralização suave da dinâmica industrial – em específico – e da agricultura brasileiras. E podemos afirmar que muitos destes do rol também mostram um desenvolvimento tecnológico acelerado e acresça-se que alguns até formaram pólos dinamizadores espalhando sua influência por municípios vizinhos. Rememorando que Campinas é o melhor exemplo, porém não único claro: Anápolis, Londrina, Campina Grande, Feira de Santana, São José dos Campos podem ser citados.
No próximo vou escrever sobre os PIBs destes municípios “caipiras”.
(a foto está no sítio, endereço logo abaixo é do fotógrafo Sidnei)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O SOFRIMENTO, A LUTA E A ARMADURA

DESTAS CONVERSAS DE MSN
Falando outro dia por msn (é... porque o tempo hoje é tão mais corrido do que antes; bem pelo menos este tempo é o tempo da internet) com uma grande amiga jornalista sobre as angústias humanas, os desesperados pedidos de socorro que povoam a Terra e sobre as mazelas humanas do cotidiano, ela me disse (quer dizer escreveu... msn, sabem como é...) que temos sim que encilhar o cavalo, vestir a armadura e sair para luta. Poderia dizer guerra, é que não gosto mesmo deste termo: remete-me ao que o ser humano tem de pior.
Por vezes, o sistema (aqui entendido sem o estigma criado pela pseudo-esquerda) nos maltrata. Acrescento: nós nos maltratamos por conta de não darmos conta da opressão que o sistema nos enfia goela abaixo.
E este é o pior maltrato que podemos sofrer: aquele que nos auto-imputamos.
Porque ocorre? Bem, nossa... Teríamos que fazer um arrazoado com psicanalistas, psiquiatras, sociólogos, antropólogos e toda gama de estudiosos do homo sapiens. O que posso dizer, particularmente, se resume no fato de que este ‘gol contra’ pode ser um alerta de que esta na hora de mudar o jogo.
Ganhar nem sempre é o mais crucial. Mas tentar virar o jogo é. E não esmorecer até que o tempo dê conta de tudo.
Vestir a armadura como couraça para os infortúnios/angústias só pode resultar em – pelo menos – minoração do sofrimento. Enquanto lutamos não há tempo para lembrarmos a todo instante do sofrimento. Enquanto lutamos não pensamos em desistência.
We can’t give up the fight!
Ah, e valeu Fátima!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

AS DIFERENÇAS INACEITAS

ENTÃO, SOMOS TODOS PRECONCEITUOSOS E INTOLERANTES?
Que mundo é este em que vivemos? Alguns grupos sociais têm mais direitos do que outros? Começo a crer que – intrinsecamente – ser humano é mesmo intolerante com as diferenças de seus semelhantes e preconceituosos com os preceitos vividos por cada um.
Religiosidade, condição social, orientação sexual, deficiência física/mental, gênero, cor de pele, geografia e tantos outros são fatores que minam a convivência pacífica dos quase 7 bilhões de habitantes deste planetazinho que é um grão de areia no Universo criado por Deus.
Bem, quando houve uma convivência pacífica não é?
O meu Deus – e que por ele serei julgado – é de infinita bondade e misericórdia e Ele bem sabe como cada um de nós é. Afinal, somos parte e filhos Dele. Então, quem é o cara que pode dizer que isto não está de acordo com as leis divinas? Quem pode ser arvorar em dizer o que está certo e o que não está?
Em geral, são tiranos (tiranetes) que se imiscuem na vida de outros com o propósito de dominância e de ajustar o relógio do poder a seu favor.
O que me alenta é que no dia que eles – e eu também – forem julgados e aí então, meu amigo, será no “mano-a-mano” com Deus. Com certeza, a justiça será feita. E aí, quando Ele olhar o caderninho de anotações pode ser que você ouça: “É, meu amigo, está difícil de você não descer”.
Atenção: aos intolerantes e preconceituosos ainda é tempo de rever atitudes e posturas e de aceitamento de diferenças. E por favor, não tomem isto como ameaça. Sou muito pouca coisa para ameaçar quem quer que seja. São apenas palavras.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

ELEIÇÃO 2010

DOS CANDIDATOS, APOIOS E TODA A SAFADEZA QUE ELES COSTUMAM FAZER
(atenção eleitores, falta um ano só!)
E o jogo da sucessão presidencial? Deve acontecer uma carnificina pela disputa de apoios enquanto as dezenas e mais dezenas de milhões de brasileiros passam ao largo da competição. Vorazes comensais, estes políticos – sim, aqui vou generalizar sabedor que possa estar incorrendo em grotesco erro – desejam, e alguns desejam a qualquer custo, estar no poder ou então permanecer nele grudado como um parasita que não se desprende do hospedeiro. Assim, como exemplo, é o PMDB que desde 1985 está mamando no poder, seja lá quem estiver na cadeira do Alvorada.
Maior partido, com a maior bancada no Congresso, com o maior número de prefeitos eleitos em 2008, tem um poder de fogo que faria inveja aos imbecis da Al Qaeda e a sua corriola de seres bizarros.
O apoio do PMDB então é vital para eleger a sucessora do boquirroto Lula (aquele presidente que fez tudo o que o Brasil tem de bom. Lembra o Maluf: “Serra da Cantareira? Obra de Maluf”, ou “Oceano Atlântico? Obra de Maluf”) e ele assim o fará. Entretanto, faltou combinar com os 27 diretórios estaduais espalhados do RS à RR, da PB ao AC. Em muitos destes há sérias divergências quanto ao irrestrito suporte que o PMDB dá ao lulo-petismo na Câmara/Senado. No Rio Grande do Sul, em São Paulo, na Bahia e em Minas Gerais, só para citar, por hora, as lideranças respectivas estão mais propensos a desembarcar na candidatura tucana, seja o ungido o Serra ou o Aécio. E notem que são 4 estados que reunidos detêm mais de 40% do eleitorado.
Vejamos como vai se portar a biscate da hora: a noiva PMDB.
Outro apêndice no mínimo sem pé nem cabeça é a possível candidatura do Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo do Estado de São Paulo. Este é outro falastrão que se excita ao criticar a elite paulista chegando às raias de vociferar e esbravejar que esta mesma elite “atravanca” o desenvolvimento do país. Bem, e lá no Ceará? Ele não é elite? O irmão não é o governador? Ao que me consta, há muito que realizar lá na terra de Peri.
E um adendo: se ele transferiu o título do CE para SP... Então, os cearenses possuem um deputado a menos, 21 agora. Queria saber do Supremo Tribunal eleitoral... Isto pode? Estranho. Muito estranho.
O que me acalenta um pouco é que impossível que nenhum eleitor do Ceará, estado de belezas naturais e de um povo que trabalha de sol a sol enchendo de orgulho este país, se posicione a respeito.
Quanto à parte do título – as “safadezas” – bem... Nossa! Seriam tantas as escritas aqui que mesmo que eu ficasse por horas escrevendo não conseguiria reuni-las em um dia só.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

REDE URBANA BRASILEIRA

MUNICÍPIOS COM MAIS DE 300 MIL
Ainda sobre as estatísticas, ou melhor, projeções/estimativas, do IBGE para a população desta que é a República Federativa do Brasil, eu quero aqui escrever um tanto sobre a rede municipal focando em alguns estados e o número de cidades de porte médio para cima.
Nestes tempos de ufanismo exacerbado (como se todo ufanismo não fosse exacerbação...), cujo presidente Lula e aquele presidente (tendencioso até o último tique) do COB e seus cacoetes bizarros não se cansam em afirmar que o Brasil entrou no rol dos países que são potência, convém voltar a fincar os pés no chão e tratar de temas mais concernentes ao presente. Pior que o cidadão que menospreza o chão de nascimento é aquele cidadão que exagera em afirmar que o país – no caso o Brasil – resolve seus problemas em curto prazo com Olimpíadas e Copa do Mundo. Preparem-se para o bombardeio da mídia: vai ter uma hora que iremos nos cansar.
Voltando. Para agosto de 2009 o IBGE prognosticou que o Brasil possui em seus 8,5 milhões de km² 81 municípios com mais de 300 mil habitantes, base para que estes sejam classificados como de porte médio.
Dos 81, mas uma vez o estado de São Paulo detém a primazia na lista: aqui em terras bandeirantes estas cidades chegam a 22. O Rio de Janeiro com 9 aparece em segundo lugar secundado por Minas Gerais com 7. Depois há uma surpresa: quem vem a seguir é o estado do Paraná que emplaca 5 municípios na lista dos com mais de 300 mil. E, ao contrário do que ocorre em SP e RJ onde o segundo maior localiza-se nas respectivas regiões metropolitanas (como Guarulhos e Duque de Caxias), é no interior da Terra dos Pinheirais onde podemos encontrar Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa. Rio Grande do Sul – e outra surpresa – Pernambuco e Espírito Santo figuram todos com 4 municípios com mais de 300 mil habitantes. Interessante notar que o ES não apresenta nenhuma cidade maior que 500 mil, entretanto na Região Metropolitana da capital se encontra a Vitória, Serra, Cariacica e Vila Velha (a maior cidade do Estado), ou seja, os quatro listados. Nem a Bahia, cuja população é pelo menos 4 vezes maior que a do território capixaba, exibe tal façanha: além de Salvador, apenas Feira de Santana e Vitória da Conquista adentram na lista. Para finalizar, Goiás com também 3 - Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis - empata com a Bahia.
Ficou assim então: SP 22; RJ 09; MG 07; PR 05; RS 04; PE 04; ES 04; BA 03; GO 03.
Lembrando que o Brasil tem 273 municípios com mais de 100 mil e 134 com mais de 200 mil. Já os maiores de meio milhão somam 40.
Depois discorrerei sobre os maiores do interior do Brasil.
(só para esclarecer: nas contas sempre incluí as capitais dos Estados)

domingo, 4 de outubro de 2009

RESULTADOS DAS ESTIMATIVAS DO IBGE

POPULAÇÃO DOS ESTADOS
Voltando a tratar das estimativas feitas e apresentadas todos os anos – conforme determina lei federal – no Diário Oficial da União, notamos que não houve mudanças significativas na posição que as 27 Unidades da Federação (26 estados mais o Distrito Federal) ocupam em termos do número de habitantes. São Paulo ocupa a primeira posição desde o recenseamento de 1940, quando passou Minas Gerais que se mantém imóvel no segundo lugar, depois vem o Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul. Bem, vamos aos números em milhões:
01- São Paulo 41.391.367
02- Minas Gerais 20.033.665
03- Rio de Janeiro 16.010.429
04- Bahia 14.637.364
05- Rio Grande do Sul 10.914.128
06- Paraná 10.684.347
07- Pernambuco 8.810.256
08- Ceará 8.547.809
09- Pará 7.431.020
10- Maranhão 6.367.138
11- Santa Catarina 6.118.743
12- Goiás 5.926.300
13- Paraíba 3.769.977
14- Espírito Santo 3.487.199
15- Amazonas 3.393.369
16- Alagoas 3.156.108
17- Piauí 3.145.325
18- Rio Grande do Norte 3.137.541
19- Mato Grosso 3.001.692
20- Distrito Federal 2.606.885
21- Mato Grosso do Sul 2.360.498
22- Sergipe 2.019.679
23- Rondônia 1.503.928
24- Tocantins 1.292.051
25- Acre 691.132
26- Amapá 626.609
27- Roraima 421.499
Na Região Sudeste (SP, MG, RJ e ES) moram, aproximadamente, 43% dos brasileiros. O meu Estado detém 22% de paulistas e, claro, de goianos, roraimenses, gaúchos, maranhenses, alagoanos, pernambucanos, mineiros que habitam os quase 250 mil km² de terras bandeirantes de Cananéia a Colômbia e de Roseira a Cunha.